sábado, 13 de junho de 2009

A Minha Saída do Jornal Atual


Escrevi no jornal atual durante cinco anos, a minha coluna conhecida como a palavra do pastor sempre procurou mostrar a realidade que infelizmente fica escondida nesse município.

Escrevi como colaborador não remunerado, escrevi como missão, como alguém que se acha responsável pela sua própria terra, escrevi tentando mostrar os erros de uma política centralizadora, assistencialista, presa a um sistema de governo que ilude o povo com obras de fachada, escrevi mostrando dados que o povo não tinha conhecimento como significante (R$ 1 bilhão arrecadado nos primeiros quatro anos de mandato do atual prefeito), escrevi várias vezes dirigindo-me ao próprio prefeito exercendo o meu papel de cidadão que vive num estado de direito democrático, escrevi muitas vezes aos vereadores para que exercessem com excelência o cargo que o povo lhes concedeu, escrevi denunciando os erros, os esquemas, as fraudes, as imposições dos homens públicos, escrevi expondo os puxa-sacos, os sugadores, as raposas e os sanguessugas do dinheiro público, escrevi pedindo investimento nos esporte, na educação, na saúde, escrevi quase implorando que cuidassem dos necessitados, dos abandonados, dos marginalizados da nossa cidade, escrevi sobre o contraste que existe nos valores arrecadados diante de uma pobreza assustadora.

Com a graça de Deus a coluna passou a ser lida por um bom número de pessoas, muita gente começou a me procurar para conversar, para apoiar, para dar sugestões, a coluna passou a ser vista como uma palavra de oposição ao atual governo, passei a receber muitos emails, a coluna era o contra-ponto que insistia em exercer o seu papel democrático, criticando, analisando, revelando, visando a melhoria e o desenvolvimento da cidade.

A coluna cresceu e começou a desagradar uma minoria que infelizmente não pensa na cidade, pensa somente em si, pensa somente em vantagens pessoais, pensa de forma patrimonialista (acha que o dinheiro público lhe pertence), para essas pessoas a minha coluna era um pedra de tropeço, era um espinho na carne, era um osso duro de roer, essas pessoas começaram a articular, começaram a planejar um jeito de me calar, e de uma forma estranha, essas forças ocultas chegaram ao jornal atual, e eu perdi o meu espaço, perdi a minha voz que foi construída lentamente nesse jornal.

Fiquei mudo por uns minutos, talvez por algumas horas, mas resolvi continuar escrevendo, recebi incentivo de amigos, da minha esposa e decidi recomeçar porque tenho um compromisso com os meus leitores e com a minha cidade. Por enquanto vocês receberão a coluna nesse folheto, mas num breve espaço de tempo serão presenteados com um novo jornal que estará circulando na cidade.

Quero terminar com um texto bíblico que diz:

“Em tudo somos atribulados, porém não angustiados, perplexos, porém não desanimados, perseguidos, porém não desamparados, abatidos, porém não destruídos”
(2ª Coríntios 4:8-9)

A Deus toda a Glória!

Nenhum comentário:

Postar um comentário