Sou itaguaiense de berço. Aqui nasci, aqui cresci e aqui vivo até hoje, fui menino, jovem agitadíssimo, inquieto, inconformado com a estrutura de poder da qual eu também fazia parte, fui criado na burguesia da cidade, era um playboy, namorador, jogador de futebol, amante das farras, solto no mundo, cheio de amigos, sempre com grana, mas profundamente VAZIO por dentro, SOLITÁRIO, sendo acompanhado por uma angústia que nunca me deixava. Mesmo usufruindo uma “boa vida” financeira eu sabia desde novo da hipocrisia que permeava o meu mundo, sabia da podridão que havia por baixo da estrutura em que eu estava plantado.
Fui um jovem errante, vivi uma boa parte da minha juventude desgarrado de tudo e de todos, queria ser livre, a minha geração viveu os últimos e piores anos da ditadura militar, viveu num vácuo existencial, viveu num vácuo cultural, intelectual, a minha família era politicamente correta, era de direita, meus avós eram donos de Cartório, meu pai era comerciante, ninguém queria ir contra o sistema, era cada um cuidando de si, agindo sempre para ser simpático aos poderosos, a minha geração viveu a terrível fase da alienação, da falta de vocação, da falta de sentido, quando veio a abertura política, quando os nossos “heróis” voltaram do exílio, quando surgiu as diretas já, nós não sabíamos bem o que era aquilo tudo e caímos na gandaia, nós não queríamos saber quem havia pintado o céu, só queríamos o restinho da tinta, esse era o sentimento.
Quando me converti sabia que estava sendo chamado para recuperar o tempo perdido, sabia que Deus estava me convocando para ser um missionário na cidade, sabia que mais cedo ou mais tarde me envolveria com a justiça social, com os problemas crônicos da cidade, sabia que o meu pastorado seria um confronto direto com o sistema, sabia que estaria sempre perto das pessoas, dos jovens, sabia que aquilo tudo que havia sofrido seria usado como experiência de vida na minha vocação.
A HISTÓRIA É LONGA, POR ISSO CONTAREI UM POUCO A CADA DIA!!!!!!
Fui um jovem errante, vivi uma boa parte da minha juventude desgarrado de tudo e de todos, queria ser livre, a minha geração viveu os últimos e piores anos da ditadura militar, viveu num vácuo existencial, viveu num vácuo cultural, intelectual, a minha família era politicamente correta, era de direita, meus avós eram donos de Cartório, meu pai era comerciante, ninguém queria ir contra o sistema, era cada um cuidando de si, agindo sempre para ser simpático aos poderosos, a minha geração viveu a terrível fase da alienação, da falta de vocação, da falta de sentido, quando veio a abertura política, quando os nossos “heróis” voltaram do exílio, quando surgiu as diretas já, nós não sabíamos bem o que era aquilo tudo e caímos na gandaia, nós não queríamos saber quem havia pintado o céu, só queríamos o restinho da tinta, esse era o sentimento.
Quando me converti sabia que estava sendo chamado para recuperar o tempo perdido, sabia que Deus estava me convocando para ser um missionário na cidade, sabia que mais cedo ou mais tarde me envolveria com a justiça social, com os problemas crônicos da cidade, sabia que o meu pastorado seria um confronto direto com o sistema, sabia que estaria sempre perto das pessoas, dos jovens, sabia que aquilo tudo que havia sofrido seria usado como experiência de vida na minha vocação.
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