Nascido em 1906 na cidade de Breslau na Prússia, Alemanha, Bonhoeffer era de uma família tradicional alemã, os seus parentes eram influentes na área política, religiosa e também na cultura e nas artes, seu pai era um bem sucedido psiquiatra. Bonhoeffer desde novo desejava ser pastor, esse fato era motivo de chacota por parte dos seus irmãos que conceituavam essa sua atitude como insana, um dos seus irmãos certa vez perguntou: Bonhoeffer o que um pastor nessa geração vai contribuir para o seu país?
Aquele estava sendo um período de prosperidade na Alemanha, Hitler havia devolvido ao povo o sentimento de vitória, de conquista e isso o fazia ser idolatrado. Bonhoeffer percebeu desde o inicio do seu ministério (1930), o caminho que a igreja evangélica e Hitler estavam tomando, o que ele faz? Nesse período ele sai da Alemanha por não aceitar fazer parte do “cristianismo germânico”, cristianismo esse controlado por Hitler. Ele vai para Inglaterra, pastoreia igrejas em Londres mas com a ascensão total do partido nazista ele retorna á pátria em 1935 a convite da Igreja Confessante para ser reitor de um seminário, nesse período a igreja estava dividida de um lado estavam os simpatizantes da política nazista e do outro estavam aqueles que não aceitavam a ingerência de Hitler sobre a pregação do evangelho e a organização da igreja.
Diante disso a Igreja Confessante começa a sofrer pressões de todos os lados, o Estado usando a sua força não permitia mais que eles consagrassem pastores, quem era judeu teria que deixar o ministério, o seminário foi fechado pela gestapo( polícia nazista) e todos os pastores tinham que prestar juramento de obediência absoluta a Hitler. O que fez Bonhoeffer como pastor e líder da igreja confessante? Lutou pela sobrevivência da igreja e pela pregação do Evangelho onde Jesus fosse sempre o centro absoluto, a Igreja Confessante ficou do lado dos judeus e com isso Bonhoeffer ficava cada vez mais sozinho, nesse período de turbulência encontra Graça e tempo ara escrever dois livros pastorais: Discipulado e Vida em Comunhão, diante da sua resistência Bonhoeffer começa a ser ameaçado.
Em 1939 ele aceita a convite do seu cunhado que exercia um cargo no governo mas não concordava com Hitler para ser um agente da inteligência alemã, esse trabalho o possibilitou viajar e fazer contatos com militares e políticos europeus tentando negociar a paz e dizendo a eles que Hitler era um facínora que queria dominar o mundo. Ele tinha consciência que esse envolvimento como “agente duplo” significava assumir culpa, mas para ele culpa e pecado maior seria permanecer quieto e ser cúmplice de toda maldade que estava levando milhares de inocentes á morte e afrontando a igreja de Cristo na Alemanha.
O Estado nazista estava deturpando os valores humanos, estava deturpando o conceito de autoridade e estava deturpando a Igreja de Cristo. No seu livro Ética, Bonhoeffer diz que a obediência a Deus é inegociável. Bonhoeffer viu os seus seminaristas serem obrigados a entrar para o Exercito alemão, viu uma geração ser obrigada a obedecer um insano, viu grande parte da igreja se vender ao totalitarismo nazista, viu a fúria assassina que acabaria por sacrificar seis milhões de judeus, minorias étnicas, intelectuais, artistas e pastores. Bonhoeffer foi até as últimas conseqüências para livrar a Alemanha das mãos daquele tirano, foi preso por ter participado de uma conspiração contra Hitler, foi morto por ordem expressa de Hitler que o odiava já no final da guerra, tinha 39 anos quando faleceu, foi um mártir do século XX da igreja do Senhor. Leitor(a) querido(a) a nossa vocação é para o serviço a Deus nesse mundo, se não fizermos isso estamos em pecado.
Pense nisso!! A Deus toda a Glória!!!
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