segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MINHA OPINIÃO SOBRE A REPORTAGEM DA REVISTA ÉPOCA

Primeiramente queria expressar minha preocupação em relação a mídia quando ela dá muito espaço a Igreja Evangélica, ela não nos vê com bons olhos, o trabalho feito por ela é sempre na intenção de fazer comparações, comparações essa que no fundo é um jogo de interesse. A revista época que faz parte do conglomerado Globo de comunicações sabe que o seu público é composto de pessoas oriundas da classe média, esse público não gosta muito e com razão das aberrações dos cultos neopentecostais, com isso a revista une o útil ao agradável e polariza fazendo uma reportagem mostrando quase que no seu conteúdo completo, a exceção foi os comentários muito bem feitos pelo Pastor Ricardo Gouveia, uma igreja burguesa, que se pauta por um tipo de culto alternativo, diferente dos neopentecostais e também das igrejas históricas( Batista, Presbiteriana, Anglicana, Assembléia de Deus( pentecostal histórica) onde eles mesmos, os entrevistados, vivem até hoje, eles propõe uma alternativa dentro da denominação, propõe uma pseudo-reforma na forma do culto.

O pastor Ricardo Agreste lê sempre um texto do Veríssimo e canta uma música do Chico Buarque nas suas reuniões, ele abominou o termo pregar e só usa a palavra palestra, não cobra o dízimo, mas aceita uma oferta livre depositado na conta da igreja, o que isso muda na missão? O que isso tem haver com o compromisso com a justiça? São apenas formas de culto, são apenas micro-mudanças no ritual, um dos entrevistados o Pastor Ed René Kivitz apresentasse como uma alternativa para algumas crises das pessoas nesse mundo pós-moderno, isso tem o seu valor mas não é a missão que Jesus nos mandou fazer.

Mais uma vez caímos no papo da mídia, a revista época quer apenas satisfazer os seus leitores e quer ganhar mais assinantes, é lógico que uma reportagem dessa satisfaz quem quer apenas escolher um lado e nele permanecer, é evidente que uma reportagem desse porte vai alegrar a igreja burguesa, a igreja que não gosta muito de pobre, a igreja que se motiva não na palavra revelada e sim numa intelectualidade vaidosa, é claro que uma reportagem dessa magnitude movimenta um seleto grupo de abastados que logo se identificam com os líderes que mostram um caminho diferente de ser igreja.

Como deixar de fora um Ariovaldo Ramos, um peregrino da missão integral no Brasil, Como deixar de fora um Valdir Steuernagel um profundíssimo estudioso da igreja no Brasil e na América Latina. Faltou conteúdo missionário a reportagem, os entrevistados com exceção de Ricardo Queiroz e do Bispo Robinson Cavalcanti, que disse uma pequena frase, os outros mostraram-se mais sociólogos, psicólogos e ambientalistas do que teólogos, nada contra os sociologia, psicologia e os defensores do meio ambiente, eu também defendo, o problema é que cada um falou como “está se virando” nessa babel de igrejas nesse inicio de século e não pautou a entrevista pelo Reino de Deus. Parabéns pastor Ricardo Gouveia que com simplicidade e com o foco no Reino salvou a reportagem, mostrou que ainda existe uma luz no fim do túnel!!!!!!!

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